NEONAZISMO JUDEU
Após a ocorrência do “Holocausto” judeu na Segunda Guerra Mundial, poucas pessoas ousaram dizer algo contra as ações de quaisquer judeus, por medo de serem acusadas de apologista do ódio antissemita, visto a tragédia deixada por Adolf Hitler e seus comandados após a Segunda Grande Guerra. Deste modo, percebeu-se que os objetivos de Hitler acabaram servindo, posteriormente, aos judeus, uma vez que estes tiveram muitas atitudes errôneas perdoadas pelo simples fato de serem merecedores de uma possível “dívida histórica” do mundo para com estes.
Foi assim, através deste fechar de olhos para as atitudes de israelenses e judeus que a emergente gama de violência oriunda de grupos racistas formados por esta população dentro e fora de Israel começaram a trazer à tona um pouco do interior e dos segredos dessas organizações.
A situação tornou-se notoriamente conhecida apenas em 2014, ano em que um protesto contra a guerra de Tel Aviv foi atacado violentamente por um grande número de jovens. Dentre os atacantes radicais, alguns jovens ostentavam camisetas com símbolos neonazistas, isso mesmo, judeus com símbolos neonazistas. Há de se pontuar que um deles ostentava o logotipo “good night left side”, um símbolo utilizado por neonazis europeus, substituindo a suástica (símbolo nazista) pela estrela de Davi (símbolo dos judeus), trazendo assim, para a mídia, a existência de grupos radicais com os ideais nazistas, só que, desta vez, com uma abordagem ultrassemita e não antissemita.
No entanto, o racismo e a xenofobia judaica, tão pouco destacados na mídia, e que são bases dos ideais neonazistas, vão muito mais além do que “apenas” um ataque a protestos e um casamento restrito de judeus com judias, que, por sua vez, já é um nítido sintoma de desprezo nutrido pelos judeus para com os gentios (não-judeus). Obviamente, esse comportamento não se verifica em todos os judeus convertidos e muito menos em todos os israelenses, mas sim em sua minoria que persiste em manchar as próprias tradições e práticas religiosas.
Estas minorias, bem como demais grupos extremistas judeus, se baseiam no Talmud, que é o livro mais sagrado do Judaísmo, de modo que sua autoridade toma precedência até mesmo sobre o “Antigo Testamento”. Evidência disso pode ser encontrada no próprio Talmud, em Erubin 21b: “Meu filho, seja mais cuidadoso na observância dos Escribas do que nas palavras da Torah (nome dado ao “Antigo Testamento”).”.
Dentre os ensinamentos que todo judeu deve aprender, guardar e praticamente, sem questionar e que são deturpados e interpretados radicalmente por extremistas estão:
“Se um judeu encontrar um objeto perdido por um gentio, ele não precisa devolvê-lo” (Baba Mezia, 24a; Baba Kamma, 113b).
“Deus não terá misericórdia de um judeu que casar sua filha com um homem velho, tomar uma pessoa como seu filho pequeno ou devolver um objeto perdido a um Cuteano (o mesmo que não-judeu ou idólatra) (Sanhedrin, 76a).
“Quando um judeu mata um gentio, não haverá qualquer pena de morte. O que um judeu rouba de um gentio, ele pode guardar” (Sanhedrin, 57a).
Com base no reconhecimento destes discursos, e na eminência de radicalismos judeus com base nestas e em outras passagens do Talmud, no fim de 2014, o YNetNews Magazine investigou um grupo ultranacionalista em Israel, o Lehava (LeMeniat Hitbolelut B’eretz HaKodesh), composto por racistas de extrema direita que afirmam lutar contra a “assimilação” dos judeus pelos gentios (não-judeus). Os membros do Lehava fazem parte do movimento Kahanista (formado por seguidores das ideias de Meir Kahane, um político e rabino propagador do racismo e defensor da expulsão ou aniquilação dos árabes de toda a Palestina) e, como tal, defendem a segregação dos gentios em Israel e costumam organizar ataques a árabes e cristãos pelas ruas de Tel Aviv e outras cidades de Israel. Um dos repórteres da YNetNews conseguiu se infiltrar no grupo por cerca de dois meses e meio e vivenciou inúmeras “patrulhas” armadas em busca de casais denominados “mistos” com o objetivo de não permitir, fosse pela intimidação ou pela violência, que gentios tenham qualquer relação com judeus, especialmente com as mulheres.
Contudo, mesmo com todas estas observações, a primeira vista, o termo neonazismo associado ao judaísmo parece uma contradição absurda. E, para entender isso, é necessário resgatar um pouco a origem e o que representou o nazismo.
No nazismo, o ódio não era simplesmente apenas aos judeus, mas também aos homossexuais, negros, eslavos, árabes, comunistas, deficientes físicos e até minorias religiosas, como testemunhas de Jeová. Já com o fim da segunda guerra, o termo “neonazismo” passou a designar grupos inspirados nos valores desse antigo nazismo, ou seja, relacionado ao ódio contra todas ou parte das minorias supracitadas. O que diferencia tais grupos é justamente o foco do seu ódio (alguns são os negros, outros judeus, outros são qualquer um que não-cristão e assim segue), mas as características citadas continuam presentes, inclusive a truculência e o discurso extremista.
Mediante a esse contexto, fica nítido que tanto o Lehava quanto os kahanistas (JDL, TNT e outros) são, realmente, organizações que se encaixam no “neonazismo”. Sendo a única diferença que ao invés de o Povo Escolhido ser o “ariano” é o judeu.
REFERÊNCIAS:
LIVRE PENSAMENTO. O neonazismo judeu (sim, isso existe!). 2016. Disponível em: <https://livrepensamento.com/2016/02/18/o-neonazismo-judeu-sim-isso-existe/>. Acesso em: 19 ago. 2018.
COELHO, Júlio César. O Talmud e o racismo judaico. 2014. Disponível em: <https://ebrael.wordpress.com/2014/07/21/o-talmud-e-o-racismo-judaico/>. Acesso em: 19 ago. 2018.
ZORZETTI, Carlos Alexandre Teixeira. Organizações extremistas judaicas – Parte 1. 2016. Disponível em: <https://almanaquedosconflitos.wordpress.com/2016/03/11/organizacoes-extremistas-judaicas-parte-1/>. Acesso em: 19 ago. 2018.
ZORZETTI, Carlos Alexandre Teixeira. Organizações extremistas judaicas – Parte 2. 2016. Disponível em: <https://almanaquedosconflitos.wordpress.com/2016/03/11/organizacoes-extremistas-judaicas-parte-2/>. Acesso em: 19 ago. 2018.