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Al-qaeda

      A Al-Qaeda – cujo nome significa “A Base”, em árabe –, é o grupo mundialmente conhecido como responsável pelo mais famoso ataque terrorista no hemisfério ocidental, realizado nos Estados Unidos no dia 11 de setembro de 2001. A organização foi fundada no Afeganistão pelo líder radical Osama Bin Laden, na década de 1980, e, com o passar dos anos, tornou-se uma forte influência sobre outros grupos terroristas, sendo também, sem dúvidas, a principal razão para a adoção de uma nova política no mundo: a tão declarada “Guerra ao Terror”. Desde a sua criação, o principal objetivo do agrupamento é o combate à influência ocidental nos países orientais, sobretudo, nos muçulmanos, incluindo as nações cujos governos islâmicos são considerados pelo grupo como “demasiadamente liberais”. Além disso, pontuam sempre a necessidade da implementação da Xaria, que é o código moral islâmico interpretado de forma extremamente radical pelo grupo.

      A Al-Qaeda, em geral, possui duas formas de atuação: a primeira é o terrorismo, praticado por meio de atentados, ataques, sequestros, mortes, encarceramento, etc.; já a segunda forma é o “jihadismo”, que é o protagonista no combate armado em locais específicos, tais como a Síria, atualmente.

       Até o ano de 1990, os Estados Unidos e a Al-Qaeda eram aliados em busca da ruína da União Soviética, de modo que o governo norte-americano havia bancado, até então, por inúmeras vezes, armas, treinamento e inteligência militar ao grupo. Porém, com o estopim da Guerra do Golfo, toda essa estratégia financiada pelos Estados Unidos se voltou contra ele mesmo. No momento em que os americanos estabeleceram bases militares na Península Arábica todo o antigo acordo entre as duas partes foi ao chão em queda livre. Ao descobrir que os Estados Unidos preparava um ataque ao Kuwait (considerado o berço do profeta Maomé), Osama Bin Laden declarou insatisfação e revolta total contra o povo norte-americano, marcando-os como seu principal inimigo, e, consequentemente, de sua organização radical. Começava aí a campanha de Bin Laden contra o país americano.

     O conflito entre Estados Unidos e Al-Qaeda começa durante a estadia de Bin Laden pelo Sudão, onde este passa cinco anos comandando atentados contra embaixadas e instalações militares da potência norte-americana. Todo o conflito se intensifica quando, ao voltar para o Afeganistão, Bin Laden forma vários campos de treinamento e se torna um colaborador do regime Talibã (outro documento extra disponível no nosso blog). Seu principal discurso se baseia em um ódio bem ideológico contra o ocidente, mais especificamente contra os Estados Unidos, alegando que o país realizava uma política de opressão ao povo muçulmano, impondo costumes e tradições ocidentais de maneira sutil, mas perigosa aos verdadeiros seguidores do Islã.

Mediante a esse contexto que ocorre, então, o maior marco do terrorismo no mundo ocidental registrado até hoje: o atentado terrorista em 11 de setembro de 2001, no qual integrantes da Al-Qaeda sequestraram quatro aviões comerciais nos Estados Unidos lançando duas das aeronaves contra as torres gêmeas do World Trade Center (símbolo do capitalismo e da influência norte-americana) em Nova Iorque, o terceiro avião caiu no Pentágono, em Washington, e a última aeronave tinha destino à Casa Branca, mas caiu em um campo próximo à cidade de Pittsburgh, graças à bravura dos passageiros que tentaram retomar o controle do avião dos terroristas, mas, infelizmente, não conseguiram recuperar a estabilidade da aeronave, somente desviá-la do alvo final.

      O resultado do ataque foi a morte de cerca de 3 mil pessoas, um prejuízo financeiro de 90 bilhões de dólares para os Estados Unidos e uma grande visibilidade para a Al-Qaeda. Esse episódio estimulou a posterior invasão estadunidense ao Afeganistão, dando início à política de Guerra ao Terror, que, dez anos após o tão repercutido atentado, capturou e matou o principal líder da organização terrorista, jogando-a para segundo plano, como uma mera sombra do Estado Islâmico (principal grupo terrorista em atividade atualmente).

     Hoje, a Al-Qaeda, liderada pelo sucessor de Bin Laden, Abi Mohamed Ayman al-Zawahiri, ainda possui base em diversos países da África e do Oriente Médio, e conta com apoio de muitos grupos terroristas, espalhadas pela África, Filipinas, Indonésia, Paquistão e Afeganistão.

Diversos serviços de inteligência e informação europeus afirmam que a organização deseja sim recuperar o protagonismo que possuía e “sair das sombras”. De acordo com relatórios de inúmeros serviços antiterroristas, a principal intenção do grupo é a guerra química e bacteriológica, armas com as quais já havia realizado testes em alguns campos no Afeganistão, durante os anos 90.

 

REFERÊNCIAS:

FRANCISCO, Wagner de Cerqueira e. Al-Qaeda: A Al-Qaeda é uma organização terrorista formada por fundamentalistas islâmicos e árabes. 2018. Disponível em: <https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/alqaeda.htm>. Acesso em: 07 ago. 2018.

SOUZA, Isabela. Al-Qaeda: Conheça o grupo fundado por Osama Bin Laden. 2017. Disponível em: <http://www.politize.com.br/al-qaeda/>. Acesso em: 07 ago. 2018.

BBC BRASIL. Saiba quem são os líderes da Al-Qaeda pós-Bin Laden: A fracassada tentativa de resgate de um jornalista americano por forças especiais dos Estados Unidos no fim de semana trouxe à tona mais uma vez as atividades da organização extremista islâmica Al-Qaeda. 2014. Disponível em: <https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2014/12/141207_membros_alqaeda>. Acesso em: 07 ago. 2018.

IRUJO, José María. A Al Qaeda não está morta e planeja um ‘atentado dos sonhos’: Organização de Al Zawahiri não está morta e projeta há anos uma “bomba nuclear caseira”. 2017. Divulgada pelo jornal El País. Disponível em: <https://brasil.elpais.com/brasil/2017/07/05/internacional/1499273646_661897.html>. Acesso em: 07 ago. 2018.

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